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domingo, 20 de março de 2011

EM PLENA CRISE.



Será útil a crise já?


Rebentou uma crise política com a apresentação pelo governo  do PEC IV sem prévia informação aos agentes Institucionais Internos (Presidente de República; Assembleia da República; Oposição (PSD;CDS;PCP;BE) e Parceiros Sociais).

Vai ou não haver eleições antecipadas?

Desde as eleições de 2009, quando o PS constituiu um governo minoritário, sem conseguir convencer PSD, CDS, PCP e BE a formar um governo maioritário e estável, que estamos em permanente crise e sabia-se que a mesma mais cedo ou mais tarde iria rebentar.

A dúvida era tão só quando iria rebentar a crise?


Agora uma das questões na minha óptica mais importantes que se coloca é:

“É melhor andar nesta aparente normalidade que se traduz quase numa crise permanente dado os grandes e graves problemas financeiros internacionais com que Portugal se debate ou será melhor resolver “JÁ” a crise politica com eleições antecipadas e então ataca-se a fundo a crise da divida soberana??!!

Mas uma das grandes dúvidas que se levantam é:

“Havendo eleições antecipadas, conseguirá o PSD ou outra força politica maioria absoluta sozinho ou em coligação para assim constituir um governo estável?”.

 
Se tal resultado não for alcançado então haverá um “upgrade” da crise e a mesma agravar-se-á dando um salto qualitativo e o centro da mesma deslocar-se-á para o Presidente da República.

Então colocar-se-á a questão: Qual a solução?

“Solução de Concertação Nacional”; “Compromisso Histórico” incluindo o PCP; Bloco Central (PS;PSD); Arco Governativo (PS;PSD;CDS); Governo de Iniciativa Presidencial?...


São tudo hipóteses seriíssimas que os navegantes do “orangemarte” poderão e deverão opinar…

A palavra e a faculdade são vossas…

35 comentários:

Dinis Cortes disse...

Ora então boa noite!

Eu entendo, efectivamente, que como foi esta noite dito por Miguel Macedo, o Partido Socialista "não tem o exclusivo da defesa do interesse nacional"...pode estar mandatado , isso pode , digo eu , mas de facto o Partido Socialista tem apenas uma visão parcial e necessariamente fruto da sua visão do processo histórico , do rumo que o País poderá ou não tomar...neste amplo conceito nunca poderá caber a habitual desculpa de que "é governo"...naaa...a defesa dos interesses nacionais existe na percentagem em que se representa eleitorado...se fosse uma maioria absoluta , tudo bem! Mas tratando-se de maioria relativa nada justifica que se pense dessa forma...
O seu pecado mortal foi esse...na ânsia e obstinação de agradar lá fora e conseguir capitalizar ganhos políticos num cenário desfavorável face á oposição visível (aparentemente o Liberal PSD, seja coligado ou não com o Conservador CDS/PP , a sua noiva preferida...)negociou , por escrito , tal qual um contrato-promessa de compra e venda , um Pacotão de medidas sem avisar ninguém , nem mesmo pelo que se ouviu , o seu líder de bancada parlamentar...
É no mínimo passível de ser interpretado como sinal de uma enorme má criação ou, no mínimo, de um autoconceito desmesuradamente narcísico o facto de o Primeiro Ministro ter apresentado em Bruxelas aquilo que apresentou sem falar com quem , nomeadamente o Presidente da República , capitaliza mais pessoas a dar palpites sobre os destinos que Portugal deve seguir do que ele...
A crise , a meu ver , tem fortes possibilidades de estar instalada levando a reajustamentos das forças politicas no sentido de a encarar e resolver...não existe ( para responder mais concretamente ao tema proposto) um "timing" para a crise....esse conceito lembra o da Guerra do Raul Solnado em que se marcavam as horas do combate e se suspendia para gozo de férias ou para tomar o chá...a hora das crises é toda a hora e a hora de as encarar é a mesma...a não ser que haja forças que se antevejam a reunir apressadamente os seus Conselhos Gerais lamentando-se..."que chatice...agora surgir uma crise não dava jeito nenhum..."

Dinis Cortes

Miguel Costa disse...

Instalar a crise? Mas ela já não está aí de há uns tempos para cá? Excepção feita ao ano de eleições. Nessa altura houve "tempo" para aumentos salariais fora do normal, extensões de subsídios de desemprego, aumentos de rendimentos mínimos, diminuições de IVA, etc...
Depois, e se calhar um pouco por causa disso, até se ganharam eleições apesar da vitória relativa. Agora pergunto: que factura estamos todos a pagar por causa dessa propaganda e "mãos largas" à nossa custa?
Assumindo, portanto que a crise já aí está há muito, a politica, a económica e todas as outras inclusive a social, porque se há-de prolongar mais o sofrimento? Porque não se faz como a um animal ferido de morte? Por piedade mata-se (nem que para isso se aceite a aceder à ultima vontade do "ser" que neste caso não é nem mais nem menos que sair do quadro governativo como vitima da incompreensão dos outros).
Como o Dinis bem disse, o actual primeiro-ministro tem-se em tão boa conta, tão imune a erros, que de mentira em mentira, de peneira em peneira, vai tentando tapar a luz daquilo que é inegável. Esqueceu-se daquela máxima: pode-se enganar muita gente por muito tempo mas não se pode enganar toda a gente por todo o tempo.
Na verdade, há no ar um cheiro a fim de festa. A meu ver parece-me inevitável. Seja na quarta-feira, seja no próximo mês. Agora, por causa da inversão de prioridades na apresentação do PEC, faz-se passar (ou quer fazer-se passar) a imagem de alguém que quer sobreviver a todo o custo. Eu acho que apenas se quer fazer passar. A verdadeira intenção é mesmo a de ir embora. Só que não se pode fazer como o outro fez...não se pode admitir que se está atolado no pântano. O tal egocentrismo narcisista não o permite. Solução: criar uma situação qualquer, negá-la até à exaustão, sacudir a água do capote e culpar o mundo.
Quanto a um futuro. Dificilmente o PSD terá uma maioria absoluta. Mas facilmente terá um governo maioritário de coligação com o CDS-PP. Como o Paulo Portas disse durante o congresso deste fim-de-semana a proposta até foi feita para uma coligação pré-eleitoral. Tendo isto como verdadeiro (e por certo é, senão não se admitiria em público o falhanço dessas propostas),um governo de coligação pós-eleitoral parece-me o mais provável. Haverá sempre a tentação do PSD governar sozinho. Nesse caso, e caso se ceda a essa tentação, o melhor é colocar os olhos no que está a acontecer agora. Será sempre um governo demasiadamente provisório. Aí sim, o Presidente da Republica seria o epicentro de todas as decisões mesmo para um governo de iniciativa presidencial. Quanto ao "arco governativo" ou ao "bloco central" não creio ser possível enquanto o Sr. Eng. estiver à frente do PS. E o congresso do PS está aí e o Sr. Eng. vai ser novamente líder do partido, até porque o António Costa (parece-me ser o sucessor natural) já anunciou uma recandidatura à C.M. de Lisboa.

lampreialopes disse...

A crise actual é uma crise de valores: morais e monetários.
Mais importante do que saber quem é que vai ocupar o poder, com quem o vai ocupar ou como chegará até lá, é saber o que vai fazer quando estiver no poder.

Sócrates jogou o jogo da realpolitik como nenhum outro PM o fez em Portugal, trouxe práticas comuns a várias ideologias, da esquerda à direita, para o campo de batalha e não se chega a perceber se realmente o homem tem valor ou se é apenas um acaso histórico que o tempo se encarregará de apagar.

Agora isto tudo que se está a passar parece-me ser um começo e não um fim.

Os portugueses não sabem o que hão de fazer, muitos começam a sentir que o seu voto não faz a diferença, começam a ver que a conversa é sempre a mesma só que com maquilhagem diferente.

Passos Coelho vai para o governo? Muito bem.

Só que quando o oiço parece que estou a ouvir os candidatos à presidência do Sporting:
Todos vão devolver o clube às vitórias, quem tem a culpa do estado actual do clube são as direcções anteriores, todos vão arranjar investidores e todos vão cortar com as despesas supérfluas.

E lá no fundo todos sabemos que o FC Porto vai continuar a ganhar campeonatos…

Resumindo Portugal:

O diagnóstico esta mal feito;
Não se estão a pensar soluções;
O povo não é chinês nem é caribeño;

O que fazer?

martegl disse...

Não sei se já repararam num pormenor curioso: Em menos de um ano houve 4 PECs.

O fundamento de cada PEC (duro e austero) era o necessário para reduzir o deficit e diminuir a divida e cada PEC seria o único e/ou o último.

Contudo assim não foi, e já vamos no PEC IV, o que se passou?

Na minha óptica foi a falta de INFORMAÇÃO séria e rigorosa aos cidadãos, sobre a real dimensão da crise e coragem para dizer a verdade e assumir as medidas difíceis e conducentes á solução da mesma

Temos um problema de confiança dos cidadãos na informação dos seus governantes.

Cada vez é menor a confiança nos políticos e no regime saído do “25 de Abril”: Exige-se seriedade e rigor na informação dos governantes aos cidadãos senão quebra-se inexorável e irreversivelmente a relação de confiança dos mesmos para com os governantes e políticos.

E agora que perspectivas para o futuro?

Marcelo Rebelo de Sousa dizia esta noite que a solução passava por um governo a três (PS;PSD E CDS) durante 2, 3 anos.

É óbvio que depende do resultado das mais que prováveis eleições antecipadas e da interpretação que o Presidente da República faça dos mesmos.

Quanto a mim inclino-me independentemente do resultado das eleições antecipadas para uma solução de “Concertação Nacional/Compromisso Histórico” envolvendo também a esquerda democrática e mesmo o PCP, e isto dado a gravidade da situação decorrente da divida soberana.

É um grande salto que será dado na nossa democracia, mas é sem dúvida um salto na qualidade da democracia e o início da Reforma do Regime Nascido com o 25 de Abril que terá de ser feito por toda a sociedade e que um dia abordaremos aqui autonomamente no “orangemarte”.

Paula Zarcos disse...

Há momentos da História em que o mundo parece ficar do avesso.
Neste altura estamos a vivenciar momentos de grande conturbação a nível político-económico e social a nível global. Senão vejamos:
As últimas revoluções sociais que têm percorrido o mundo árabe com a queda dos respectivos regimes políticos ; as diferentes manifestações em vários países da Europa; a guerra na Líbia; no Japão o tremor de terra de magnitude 9 o mais forte dos últimos mil anos, seguido do tsunami e ainda a Ameaça Nuclear como consequência da parcial destruição da Central Nuclear de Fukushima. Mais uma vez, temos que falar do site Wikileaks em que em Dezembro de 2008 foi divulgada a vulnerabilidade das centrais nucleares no Japão e foi revelado que as mesmas não aguentariam terramotos de grande magnitude.
Por cá, a Geração à Rasca surpreende o país pela mobilização e adesão transgeracional de milhares de pessoas de diferentes ideologias e classes sociais.
Depois deste preâmbulo, entremos agora na crise política no nosso país com eleições à vista num curto prazo de tempo. A gota de água foi o PEC 4 em que se antevê o seu chumbo na AR no próximo dia 23 de Março.
Na última semana Passos Coelho surgiu com o discurso feroz ao governo, posicionando-se já num papel de Primeiro-ministro, deixando antever o despoletar da crise e eleições antecipadas. Desenvolve um discurso de esperança no futuro e uma solução a partir de uma coligação abrangente.
Do outro lado, Sócrates ameaça com a demissão do Governo e de S. Bento só obtemos o silêncio. Enfim o conflito está em cima da mesa… e o peru vai ser trinchado.
Mas parafraseando um ditado antigo:
Quem parte e reparte fica com a melhor parte!
E a nós, resta-nos continuarmos indignados e á rasca!.. vou terminar com o nome de um filme que me marcou há uns anos atrás:
“Os Deuses devem estar Loucos” para nos deixarem assim… cativos nas mãos destes políticos Portugueses e Europeus… sem fim à vista!
Ou então pelo contrário estamos num momento de viragem histórica na Política Portuguesa, por um bem comum, por um futuro mais promissor para todos?....
Ver para crer!
Saudações
Paula

Dinis Cortes disse...

recebido por email, na versão original francesa visitável nos sítios assinalados.

Por incrível que possa parecer, uma verdadeira revolução democrática e anticapitalista ocorre na Islândia neste preciso momento e ninguém fala dela, nenhum meio de comunicação dá a informação, quase não se vislumbrará um vestígio no Google: numa palavra, completo escamoteamento. Contudo, a natureza dos acontecimentos em curso na Islândia é espantosa: um Povo que corre com a direita do poder sitiando pacificamente o palácio presidencial, uma “esquerda” liberal de substituição igualmente dispensada de “responsabilidades” porque se propunha pôr em prática a mesma política que a direita, um referendo imposto pelo Povo para determinar se se devia reembolsar ou não os bancos capitalistas que, pela sua irresponsabilidade, mergulharam o país na crise, uma vitória de 93% que impôs o não reembolso dos bancos, uma nacionalização dos bancos e, cereja em cima do bolo deste processo a vários títulos “revolucionário”: a eleição de uma assembleia constituinte a 27 de Novembro de 2010, incumbida de redigir as novas leis fundamentais que traduzirão doravante a cólera popular contra o capitalismo e as aspirações do Povo por outra sociedade.
Quando retumba na Europa inteira a cólera dos Povos sufocados pelo garrote capitalista, a actualidade desvenda-nos outro possível, uma história em andamento susceptível de quebrar muitas certezas e sobretudo de dar às lutas que inflamam a Europa uma perspectiva: a reconquista democrática e popular do poder, ao serviço da população.
http://www.cadtm.org/Quand-l-Islande-reinvente-la
Desde Sábado 27 de Novembro, a Islândia dispõe de uma Assembleia constituinte composta por 25 simples cidadãos eleitos pelos seus pares. É seu objectivo reescrever inteiramente a constituição de 1944, tirando nomeadamente as lições da crise financeira que, em 2008, atingiu em cheio o país. Desde esta crise, de que está longe de se recompor, a Islândia conheceu um certo número de mudanças espectaculares, a começar pela nacionalização dos três principais bancos, seguida pela demissão do governo de direita sob a pressão popular. As eleições legislativas de 2009 levaram ao poder uma coligação de esquerda formada pela Aliança (agrupamento de partidos constituído por social-democratas, feministas e ex-comunistas) e pelo Movimento dos Verdes de esquerda. Foi uma estreia para a Islândia, bem como a nomeação de uma mulher, Johanna Sigurdardottir, para o lugar de Primeiro-ministro.
24 de Janeiro de 2011
Jean REX

http://www.parisseveille.info/quand-l-islande-reinvente-la,2643.html

martegl disse...

E agora Dinis, Miguel, Astroluso e Paula, o PEC IV foi chumbado.

Será que se houver eleições antecipadas vamos ter os portugueses a decidirem como fizeram os Islandeses, conforme descreveu o Dinis no seu último comentário?

Cheira-me que poderá ser o inicio da "Reforma do Regime saido do 25 de Abril", vale a pena pensar nisto e discorrer sobre tal.

Miguel Costa disse...

Boa noite.

Independentemente da decisão dos Portugueses há uma essencial e que todos deviam tomar antes de qualquer outra. A de votar.
Para além de um dever e de um direito é também uma forma de responsabilização de todo e cada um dos cidadãos. Só depois dessa decisão se pode criticar, concordar, reclamar ou aplaudir qualquer decisão governativa. Não o fazer é, ao fim e ao cabo, o maior arrepio à revolução de 25 de Abril.

Posto isto, há que referir que a única hipótese de não haver eleições é haver um governo de iniciativa presidencial. A meu ver esse governo estaria ferido de legitimidade logo de início. A grande maioria das pessoas não perceberia essa opção. Portanto a questão de haver ou não eleições não se põe.

Não creio, contudo, que para já se tomem posições como as referidas pelo Dinis. Nota-se nas pessoas um sentimento de vontade de mudança, é certo, mas PARA JÁ uma posição extremada a esse ponto não se vislumbra.
As próximas eleições vão decorrer de forma normal, como tantas outras e, falando pelas sondagens, vai ser eleito um governo PSD sem maioria absoluta, fazendo uma coligação com o CDS-PP e com o PS, caso o futuro ex-primeiro ministro não fique na liderança do PS. E neste ponto concordo plenamente com a Dra. Manuela Ferreira Leite quando disse no parlamento que estaria nas mãos do PS resolver essa questão.

É visível que a corda social está a ser esticada ao limite e não haverá muita mais margem de manobra para pedir grandes sacrifícios aos Portugueses pelo que a "Reforma do Regime saído do 25 de Abril" ainda não acontecerá agora mas poderá acontecer a qualquer momento após estas eleições caso não se vejam resultados das acções de austeridade tomadas nos últimos tempos. Que ninguém conte com o habitual tempo de "estado de graça" que normalmente é dado a governos recém eleitos.

Abraços.

Paula Zarcos disse...

Caros Comentadores

Tal como já tinha sido intuído por muitos de nós, o governo demitiu-se!

O que vem a seguir é preocupante: ajuda externa inevitável, entrada do FMI , dissolução do Parlamento e eleições antecipadas.

E qual será a configuração do próximo Executivo?
As sondagens antecipam um governo sem maioria.
Neste cenário, esperamos que haja consenso social através de um governo com o envolvimento do maior número de partidos.

Seja qual for o cenário, tem que ser desenvolvido um grande compromisso para os próximos anos… por nós… por Portugal!
Saudações
Paula

lampreialopes disse...

No café oiço o Eng.º Sócrates dizer que se demitiu. Das 14 pessoas que estão no café, 2 ouvem com atenção o que se está a passar, uma outra lê o jornal desportivo, outra olha para a televisão, mas eu conheço-o e sei que ele é mouco e aquela distância não está a ouvir nada. Outras 2 vêm a outra televisão onde está a passar o Travel Chanel. As outras oito estão repartidas por duas mesas em amena cavaqueira…

Graças a Deus fiz a cadeira de estatística compreendendo-a e sei que esta minha sondagem é tão válida como qualquer outra.

70% a 90% das pessoas que estão no café aquela hora em Portugal não ligam ao que se está a passar.
80% a 100% dos jovens abaixo dos 30 anos e que estão num café aquela hora não ligam ao que se passa.

No Facebook proliferam vídeos sobre a demissão, quem têm 30€, no mínimo, para pagar a mensalidade de internet certamente ainda aguenta mais um apertãozito no cinto…

Que futuro nos aguarda?

Eu digo mais do mesmo.
Os cortes na despesa não têm a ver com estabilidade mas sim com a instabilidade que provocam e até que ponto essa instabilidade é controlada.
Facilitados que estão os despedimentos podemos avançar com a reestruturação da Função Publica, com a diminuição de quadros e limitação de contratações.
Com o IVA a aumentar o poder de compra vai diminuir, o povão vai ter que passar a consumir consoante o seu rendimento, aumentando a clivagem entre classes e favorecendo uma economia paralela cada vez mais estrangulada com a informatização do processo económico.

O FMI poderá entrar e desacelerar a corrida dos boys e girls aos tachinhos e panelas.
Um governo de coligação pode atenuar esta situação:
PSD + PS + (PCP ou CDS) -> o número de tachinhos aumenta 2/3.
PSD + PS -> o número de tachinhos aumenta ½
Como aumentar os tachinhos num governo com redução de ministérios, que pretende diminuir o prejuízo das empresas e institutos públicos?
Vêm ai engenharia burocrática…

E lá fora? O que pensarão os parceiros europeus disto tudo?

Não pensam nada… Porque quem vier tem que fazer o que lhe é pedido. Pelo bem do Euro e da estabilidade económica.

Vejo “Inside Job” sobre a crise financeira de 2008, sobre como a Islândia foi à bancarrota e o governo dos EUA salvou os grandes bancos de investimento com 700 biliões de dólares.
Obama escolheu para as pastas da economia caras que estão ligadas a esta crise de forma inequívoca e deixou passar impunes os CEO’s deste bancos de investimento e das agências de rating que deram classificação AAA à AIG até 2 dias antes de esta entrar em colapso.

Os mesmos das mesmas agências de rating que atribuem à divida portuguesa classificações que puxam os juros para cima.

Simplesmente impossível tirar qualquer conclusão baseada na lógica, porque a lógica nunca deixaria termos chegado a este estado.
As únicas que se podem ter são baseadas no interesse próprio.

E aí descubro que o mundo não pula e avança, apenas dá solavancos…

Carlos Anastácio disse...

Olá,

Independemente das dificuldades que possam surgir com esta crise há muito prevista a clarificação política e social trará efeitos muito positivos sobre este país que há muito mais parece uma republica das bananas.

A falta de respeito e de seriedade interpares da política atingiu níveis intoleráveis
aliás bem patentes no debate no parlamento. A crise seguramente obrigará a refrear a ambição desmedida do interesse político e a uma união de vontades que terá em consideração a necessidade premente de remarmos todos para o mesmo lado como única alternativa perante os efeitos de tanta asneira política.

Depois do tsunami faz-se o rescaldo e segue-se em frente. Há outra alternativa?

martegl disse...

INACEITÁVEL E INACREDITÁVEL

Quase que não podia crer no que estava a ver e a ouvir esta noite em todos os noticiários.

Ângela Merkll chanceler da Alemanha a verberar a posição do parlamento português por ter votado contar o PEC IV e a “zangar-se “ com os deputados portugueses.

Isto é inadmissível e revela uma falta de respeito e uma grande ingerência externa na política portuguesa como não há memória.

Convirá que alguém explique á Chanceler Merkll que Portugal tem 900 anos de História, é dos Estados “Nação” mais antigos da Europa, tem uma Assembleia da Republica fruto da vontade “SOBERANA” do povo português e o dito PEC IV foi reprovado pelo órgão que representa a vontade soberana de Portugal.

Portugal não é um estado federal da República Federal da Alemanha mas sim uma República Autónoma com História e com grandes Pergaminhos e Ideais que merece todo o respeito de qualquer Estado no concerto das Nações, apesar de estar na União Europeia e mergulhado numa crise financeira e nas mãos de muitos Bancos e Fundos, entre eles os Fundos de pensões alemães e Bancos Nacionais e Regionais Alemães.

Todos os partidos políticos portugueses, passando pelos Órgãos de soberania, alguém terá que dizer á Sra. Merkll que Portugal não é nenhum anexo da Alemanha e que nunca nós ou outros Europeus teriam a veleidade de fazer á Alemanha o que ela fez agora a Portugal, mesmo quando a Alemanha há alguns anos atrás por mais do que uma vez transgrediu as regras do dito PEC.

Miguel Costa disse...

O problema da Sra. Merkll é apenas um. As eleições internas que vai ter que enfrentar, também. E tanto quanto sei as coisas não lhe correm da maneira mais favorável. Ou seja, a chanceler alemã teve que justificar aos alemães o porquê de parte dos seus impostos terem que ir parar a outros países através da criação do fundo de resgate europeu. E explicou-o partindo do pressuposto do acordo estabelecido entre ela e Sócrates, à revelia do parlamento português.
O que a Sra. Merkll ontem fez no parlamento alemão foi o de justificar internamente aquilo que erradamente negociou (se calhar não no conteúdo mas na forma)com Sócrates. Não foi mais que um sacudir a água do capote. Mais uma vez de forma errada na forma. E com tantas formas erradas percebe-se o porquê das próximas eleições não se lhe afigurarem tão favoráveis.
Se juntarmos a isso a natural sobranceria alemã percebemos então o porquê das palavras terem sido proferidas como foram.
Para além da questão essencial da ingerência, alguém devia dizer à Sra. Merkll que o facto da Alemanha ter contribuído com muito do fundo de resgate Europeu não lhe confere o direito de sentimento de posse sobre países independentes que, ainda por cima, não usufruíram desse fundo. É provável que venhamos a usufruir, sim. Mas não é liquido que nos moldes actuais ele venha a ser eficaz na resolução dos problemas económicos e financeiros do país. Veja-se o caso Grego e Irlandês. E se for assim todos poderíamos dizer à Sra. Merkll, em bom Inglês (que arranha menos a garganta que o Alemão): "thank's for nothing".
Para finalizar, a Sra. Merkll não é, definitivamente, o Sr. Helmut Kohl. Esse não precisaria de sacudir água do capote para justificar as suas opções.

lampreialopes disse...

Quem houve o Paulo Futre falar pensa que o homem está louco.
Os vídeos do seu discurso andam a fazer furor na internet e todo o benfiquista que se preze faz piadas sobre o homem e até alguns, muitos, sportinguistas não se revêem naquela forma de falar: directa, mais ou menos sincera, e muito naif.

Mas o discurso cativa-me, porque é uma lufada de ar fresco no panorama futebolístico do Sporting. Há ideias claras sobre o que se quer fazer. E há ideias novas.

E as crises, como aquela que nos aflige agora, só se resolvem com ideias novas, caso contrario não seriam crises pois a solução estaria à mão de semear.

Portugal (e a Europa) é um betinho no que toca a pensamento. Politico, Económico, Social, etc., etc.

Claro que quando alguém têm ideias novas o que mais ouve é: “Está calado, não te armes em carapau de corrida. Tem cuidado.” E ninguém se apercebe do absurdo que é manter as mesmas ideias, que muitas vezes já se concluiu que não resultam, e negar que ninguém sabe ou controla o futuro ( a não ser claro, que as ideias, as soluções e as reacções sejam sempre as mesmas).

Aumentar o IVA ou baixar as pensões e vencimentos não resolve em nada a crise que Portugal atravessa, porque o dinheiro em que se esta a mexer é o mesmo e está num circuito fechado, cá dentro do País.

Precisamos de ideias e ideais novos.

Ninguém se preocupou com a China porque era um Pais retrógrado com um sistema politico retrógrado como o Comunismo. Mas os Chineses conseguiram mudar o seu próprio sistema adaptando-o à realidade do mundo, mantendo as linhas gerais de uma ditadura e conquistando o Ocidente pelo seu ponto mais fraco: a ganância.

É por isso que eu apoio o Paulo Futre. Ele quer conquistar a China começando por um ponto fraco universal: o Futebol e as paixões que arrasta.

Eu diria até para os políticos portugueses porem os olhos naquele discurso delirante, naqueles olhos esbugalhados, naquele peito que não tem medo das balas.

Porque se é para morrermos à fome, ao menos que morramos sonhando com uma vitória.

martegl disse...

QUANTO TEMPO MAIS VÃO TER OS PARTIDOS TRADICIONAIS?

Acabei de tomar conhecimento que Ângela Merkll acabou de sofrer uma pesada derrota no estado de Baden-Wurttemberg a favor da coligação dos verdes (anti-nuclear) com os sociais-democratas do SPD.

Pela primeira vez os verdes vão governar um Estado na Alemanha, convirá dizer que a CDU governava este estado há cerca de 60 anos, sendo ainda mais simbólica e sofrida esta derrota por parte da Sr.ª Merkll.

Associar esta vitória dos verdes em Baden-wurttemberg á revolução que os Islandeses estão a efectuar na Islândia expulsando os partidos tradicionais do poder, considerados responsáveis pela crise económica e financeira internacional deve deixar-nos interrogativos.

Estas mudanças associadas ás manifestações que por toda a Europa estão ocorrendo como ocorreu em Portugal há cerca de 2 semanas com a “geração á rasca” e que esta semana ocorreu em Londres pode levar-nos a colocar a seguinte questão:

Será que a curto prazo poderá haver uma mudança de paradigma da correlação de forças entre os partidos tradicionais saídos do rescaldo da II Guerra Mundial, que impulsione uma “Reforma” ou uma “Revolução” na participação dos cidadãos na “Coisa Pública” e na Politica?

E EM PORTUGAL, SERÁ QUE DAS ELEIÇÕES ANTECIPADAS QUE VÃO OCORRER ADVIRÃO ALGUNS SINAIS DESTA POTENCIAL MUDANÇA QUE ESTÁ A MATURAR NOS SISTEMAS POLITICOS CLÁSSICOS?

Parece-me que tudo isto são sinais indiciadores que os partidos vão ter que se reformar a bem ou á força, impulsionados por todos estes factos que acabei de apresentar.

Dinis Cortes disse...

Muito me agrada a vitória dos Verdes Alemães em B-W associados ao SPD , o mesmo SPD que se senta ao lado dos Socialistas Portugueses nas bancadas do Parlamento Europeu contabilizando lugares para o grupo Socialista e Social-Democrata do referido Parlamento.

Conheci alguns actuais Verdes que pertencem á minha geração , a tal do "Atomkraft? nein danke!" ou , numa versão que me agradava de sobremaneira... " Nuklearra? Ez eskerrik azko!"
Vinham nas suas Volkswagen antigas , tipo Furgão e traziam violas e livros de poesia...
Alguns , menos dados à reflexão política , davam largas aos seus dotes de artes visuais e pintavam , falésia após falésia , as nossas costas marítimas ou escreviam letras onde a luz do Sol ( Lorentz) rimava com Portugal e Mar...
Vestiam calções de ganga justos e coçados usavam sandálias e t-shirt colorida.

Frequentavam Universidades e falavam um inglês arranhado mas mais perfeito que a maioria de nós...
Rondam agora os 55/60 anos e ocupam postos intermédios nas fábricas e Serviços de Baden - Wurttenberg...ás vezes usam gravata , mas cada vez menos...já não podem vir a Portugal passar férias porque os preços estão proibitivos...tem que trabalhar mais umas horas extra para ter o rendimento que tinham há 4 ou 5 anos e já não aguentaram mais a aridez crua da Líder...a mesma que esbracejou face ao "atrevimento" dos políticos Portugueses em , oh ignomínia! derrubarem o Governo de José Sócrates...recentemente promovido a confidente da dita...
Parabéns aos Verdes de Todo o Mundo! Não há melhor renovação do que aquela que desponta com a Primavera e não há melhor Primavera do que aquela que nos alegra!

lampreialopes disse...

Não sei se conhecem a história do técnico que vai arranjar um máquina a uma fábrica e cobra 10.000€ por apertar um parafuso.
O Dono da fábrica escandalizado exige uma factura detalhada…
A factura diz o seguinte:

Apertar o parafuso 10€
Saber qual o parafuso a apertar 9.990€

Outra história é sobre o futuro da civilização e como conseguir uma sociedade mais perfeita sabendo que existem bons e menos bons empregos e que alguém tem que fazer o trabalho sujo.
Comparando uma sociedade perfeita com o corpo humano em que cada pessoa representa uma célula do nosso corpo, podemos dizer que as células do cérebro são, por exemplo, os gestores de um banco e as células do ânus são, por exemplo, os limpa-esgotos…
E no fundo a maior dificuldade que encontramos na construção de uma sociedade melhor é convencer alguém que é preciso limpar os esgotos e que é esse alguém que tem que os limpar.

Mas há que ver que os neurónios têm uma boa profissão, mas células do ânus às vezes até são lambidas…

E é por isso que as células do ânus não se revoltam e tentam ocupar o cérebro à força em procura de melhores oportunidades de vida.

Parece-me a mim querer que a sociedade caminha cada vez mais contra a perfeição, e os tumores da ganância e do ódio se alastram por um corpo cada vez mais deformado com cérebro cada vez maior e as partes baixas com cada vez menos força.

Os partidos políticos têm que mudar a sua forma de actuar, mas só o facto de existirem já contribui para que isso seja muito difícil.

É uma pena, até porque a 3ª guerra mundial já começou, com ataques às economias dos países que menos precavidos estavam. E nós que tanto nos queixamos de ser portugueses estamos à espera que outras nações venham ao nosso auxilio…?

Nunca nenhum pais ganhou uma guerra sem estar unido e sem perceber porque estava a lutar.

Ainda acabamos como dizia o outro, orgulhosamente sós.

Miguel Costa disse...

Em relação ao post do Dinis sobre a Islândia deixo aqui um desenvolvimento:

http://www.ionline.pt/mobile/113267-islandia-o-povo-e-quem-mais-ordena-e-ja-tirou-o-pais-da-recessao

martegl disse...

E já estão marcadas as eleições: 5 de Junho.

Agora vai iniciar-se a pré-campanha que durará até 15 dias antes da realização das eleições quando começa a campanha propriamente dita.

Cinco observações breves me parecem oportunas que sejam feitas:

1ª – Se estivermos numa situação de crise excepcional da divida e Portugal for impelido a pedir ajuda externa, parece-me e é entendimento geral que o governo tem competência para o efeito mesmo estando na figura de gestão corrente.

2ª – Contrariamente ao veiculado por alguma comunicação social que a posição do Presidente da República do Banco de Portugal e de Instâncias Europeias eram contrárias a uma auditoria ás contas portuguesas, parece-me que se o PSD ganhar as eleições como tudo o indica, deverá requerer a dita auditoria para se saber com rigor a situação das finanças publicas do país pois só assim se poderão saber quais as medidas necessárias a tomar e para onde se quer ir.

3ª – Das eleições deve resultar um governo estável e de maioria que permita enfrentar os problemas com solidez e durabilidade, onde o P. R. terá um papel central e activo.

4ª – Se o PSD sozinho ou com o CDS tiver maioria absoluta o ponto anterior estará resolvido, se não tiver a dita maioria, deverá através do PR procurar-se uma maioria ou acordo parlamentar entre as diversas forças politicas portuguesas por forma a conseguir-se um governo temporário (entre 2 a 3 anos) com o compromisso histórico e patriótico de atacar a crise das finanças públicas nacionais.
O P.R. terá aqui uma função impar e fundamental de CATALIZADOR de consensos e compromissos Nacionais.

5ª – Finalmente e sem prejuízo de mais adiante em futuros comentários abordarmos as medidas necessárias que os partidos deverão propor para ultrapassar a crise, deve ser apresentado durante a campanha as ditas propostas de combate á crise MAS TAMBÈM PROPOSTAS DE ESPERANÇA PARA O CRESCIMENTO ECONÓMICO para se sair da crise para que os portugueses possam compreender se valerá a pena fazer mais sacrifícios.

ISTO CONSIDERO FUNDAMENTAL.

Paula disse...

Aquilo que vaticina é deveras o mais provável que irá acontecer. E, apesar de tudo, estou expectante como todos os portugueses.
Ou seja, queremos saber em que furo irá ficar o cinto até sairmos do aperto? porque assim como estamos, com a vida em suspenso, e sem possibilidade de construir projectos de vida sentimo-nos aniquilados e sem futuro!
saudações
Paula

Duende disse...

Portugal, à semelhança de outras economias mais frágeis , terá dificuldades em se manter no "Pelotão da Frente" pois as economias fortes marcarão sempre o ritmo de "pedalada"...No entanto os nossos trabalhadores dão cartas em todo o mundo , com competência mais do que demonstrada...

Analisemos, pois, os factos:

Ser trabalhador Português é uma mais-valia na Suiça , Alemanha , França e outros Países onde o conhecimento da capacidade dos nossos operários para desempenhar os mais exigentes serviços é conhecida. Na construção civil ,Hotelaria , nas fábricas de componentes automóveis , na área da electricidade , da Agricultura...em todo o mundo laboral os portugueses espalhados da imensa diáspora são dos mais competentes e produtivos...trabalham em modernas fábricas por essa Europa com horários , direitos e regalias que fariam corar de vergonha qualquer Belmiro de Azevedo lá do sítio ou qualquer industrial de Guimarães coleccionador de Ferraris...independentemente da justeza ou não de se produzir riqueza para lá da que se recebe...o certo é que se trabalha com competência e se produz...
Mas em Portugal , o mesmo operário , o mesmo Técnico ou o mesmo trabalhador agrícola , são sujeitos a um regime desmotivador , castrante e medieval de regime de trabalho , por vezes em condições que roçam o degradante , com salários miseráveis , precariedade e em alguns casos de quase escravatura.

Se a fábrica não dá para trocar de Porsche todos os anos, fecha-se porque dá prejuizo e mandam-se os trabalhadores para o desemprego...e quem paga?...todos nós!
A organização de produção em Portugal enferma de um "chico-espertismo" aviltante , especialmente no que concerne ás empresas de maiores dimensões.

É comum ouvir os Patrões das Multinacionais Portuguesas pronunciarem-se favorávelmente quanto á necessidade de restringir direitos,cercear salários e facilitar despedimentos como resposta a uma crise que , pelos vistos terá que ser paga por quem trabalha...
Porquê?
Porque é que tem que ser os que vivem de rendimentos do trabalho que tem que pagar uma crise da Finança internacional...ou melhor...quem representa no nosso País a Finança Internacional?
Quem produz leis e PEC'S ( Plano de Estabilidade e , pasme-se, CRESCIMENTO...)sabendo que são Planos que conduzem a uma recessão de consequências imprevisíveis para as pessoas e para as Famílias?
É deliberado?
Mente-se deliberadamente em nome da Finança?

Para resposta ao solicitado, martegl, defendo Austeridade Total!!!

Austeridade TOTAL ! para os Gestores Públicos de serviços que faliram ou quase , como o Metro ou a CP que dizem já não ter dinheiro para pagar aos seus funcionários e mantém vencimentos de Luxo para as administrações...Austeridade total para a Banca com a subida de , pelo menos 5 pontos no IRC o que a colocaria , mesmo assim abaixo do que a comum empresa paga e muito abaixo do que paga o cidadão médio , como nós.
A efectiva taxação de mais valias em bolsa , Aumentando as medidas tomadas recentemente com a publicação de legislação nessa matéria ( banca)
Aumento dos impostos sobre os bens de Luxo , nomeadamente Viaturas , Joalharia , Moradias acima de determinado valor , Terrenos , Transacções imobiliárias e Transferências internacionais de capitais. Taxação extraordinária de actividades de grande envergadura como Mega-Concertos , aumento, até 50% das taxas devidas por transferências de profissionais de Futebol e similares...etc etc etc etc...

Esta via não será seguida pelo PS ou PSD/CDS caso ganhem as eleições de 5 de Junho...é que esta é a via Social , Socialista se quisermos e não a via Capitalista caduca que desmotiva os cidadãos e os transforma cada vez mais em ovelhas de um rebanho já tosquiado mas a quem alguns ( "Merkel-like") ainda cobiçam os tufos de pêlo das orelhas...não haverá saída que não a da assunção de responsabilidades por quem causou a crise...

eu cá , tenho a certeza de que não fui...

um abraço

Dinis Cortes

lampreialopes disse...

A Banca falou e 24 horas depois Portugal foi pedir ajuda financeira lá fora.
O governo de gestão continua trabalhando no que toca a nomeações de última hora, cerca de 120 em pouca mais que uma semana…
O debate politico entrará agora na fase das culpas… um ping-pong entre o PS e toda a oposição e entre o PS e o PSD e o resto da oposição.
Há quem diga que se o PS ganhar as eleições o PR não tem condições para continuar e parece que as sondagens dão valores incompreensíveis aos Socialistas.
PCP e BE põe-se em bicos dos pés à espreita de um lugar à sombra.
O CDS mantém a mesma linha de sempre.
PS e PSD dizem que não governam um com o outro. E isto tem lógica, pois caso assumissem qualquer tipo de compromisso muitos votos fugiriam para as extremas.
O que irá sair daqui?
Se o PS e o PSD governarem juntos sempre se evitam novas eleições para PR…

Outra nota:
Pedro Santana Lopes é acusado por muitos de ter pretendido o Poder à força quando assumiu o papel de PM sem ter primeiro solicitado eleições.
Agora oiço muita gente dizer que Passos Coelho também quer o poder à força e aproveitou a desgraça do país para provocar eleições.
Será que os lideres do PSD nunca mais se livram deste rótulo?
Quem afinal de contas não gostaria de assumir os destinos de um país? Deve ser uma aventura e pêras…
Mas parece que um PM já não assume os destinos do que quer que seja. Apenas fica com mais poder… ou seja: $$$$$$.

Duende disse...

E o Fernando Nobre ser Cabeça de Lista por Lisboa pelo PSD...tem que se lhe diga...Mário Soares a engolir em seco...muitos "gauchistes" a bater com as mãos na cabeça , arrependidos...é a mais anedótica candidatura que vi nos 55 anos da minha vida...Fernando Nobre cabeça de lista por Lisboa com Passos Coelho como secretário-geral e candidato a Primeiro Ministro pelo PSD...apenas 2 meses depois de clamar contra a direita , reclamando-se da estrita independência , uns anos depois de apoiar Soares na Presidência e ter sido Mandatário Nacional do Bloco nas Europeias...já não há pachorra...

martegl disse...

Pois é meu caro Dinis, mas nós vivemos numa sociedade em que o paradigma esquerda/direita se modificou muito, numa sociedade de “geometria variável” estando completamente esbatido esta dicotomia não se fazendo a mesma com os pressupostos do século passado.

Temos governos ditos socialistas como em Portugal através de Sócrates com politicas neo-liberais senão mesmo ultraliberais, e temos governos ditos conservadores como em Inglaterra em que David Cameron adopta politicas pró-activas a favor do Serviço Nacional de Saúde Inglês que como é sabido é um dos melhores do mundo e em que o nosso SNS se inspirou.

Fernando Nobre nas listas do PSD, não é mais do que uma feliz analogia actualizada do que fez Francisco Sá Carneiro em 1979 com a AD ao incluir nas listas de candidatos a deputados, personalidades de esquerda como António Barreto, Medeiros Ferreira e Francisco Sousa Tavares entre outros, que se designavam por “Reformadores” com os quais assinou um acordo com a Aliança Democrática e que deu a 1ª maioria absoluta em Portugal. Lembras-te Dinis?

É a versão actualizada da grande abrangência que o PSD e Pedro Passos Coelho estão a tentar levar a cabo inteligentemente levando para o seu projecto politico alternativo a Sócrates/PS um vasto sector da sociedade que o potencie e que abranja o maior espectro social possível tornando-se num enorme leque vá da esquerda á direita.

NÂO PODE? ESTÀ IMPEDIDO?... HÁ JÁ PENSAVA…

Duende disse...

Pois amigo martegl eu não entendo assim...como milhares de portugueses não entenderam...até teve que fechar a página do Facebook...parece-me apenas mais um capítulo telenovelesco...e é , como sabes uma segunda escolha dado que Passos Coelho teria convidado Manuela Ferreira Leite , que recusou...depois tirou este "Coelho" ( salvo seja...) da cartola...tudo é simples de justificar depois , mas,a uma análise verdadeiramente isenta,não escapa a imensa desilusão que é Fernando Nobre para os ideais sociais.Ao contrário do que afirmas continua a existir uma esquerda social, progressista e de valores humanistas e uma direita conservadora , autocrática e reaccionária...as cartas de navegação de quem as lidera é que podem ser de geometria variável. Sócrates levou a cabo as Políticas mais liberais de que há memória depois do 25 de Abril , destruiu o Serviço Nacional de Saúde , destroçou a qualidade da prestação de cuidados, esmagou o conceito de Médico de Família...e mantém uma trupe de seguidores ávidos de poder...mais ao lado , mas na mesma linha de direita , Passos Coelho prepara o assalto ao poder lançando mão de pessoas com geometria variável elas mesmas como Fernando Nobre...o tal que Jurou guerra aos mercados quando era mandatário nacional do Bloco nas Europeias , depois de apoiar Durão Barroso , que depois disse ter sido um equívoco , tendo sido lançado por Mário Soares para combater Alegre...e finalmente aparece como segunda escolha requentada de Passos Coelho como cabeça de lista por Lisboa...nem o João Moutinho faria melhor se se mudasse agora para o Benfica e jurasse que afinal...no fundo no fundo...foi sempre benfiquista...
abraço e até amanhã!
Fernando Nobre perdeu tudo num instante aos olhos de quem o apoiou genuinamente...perdeu a AMI que toda a gente vê agora como uma agência centrada no seu ego. Fernando Nobre não tem

duende disse...

anoção do destroço que fez nas hostes dos que o apoiaram , especialmente socialistas...para muitas pessoas é o exemplo acabado da verdadeira hipocrisia política...se fosse candidato agora teria uma votação abaixo de todos os "ratings"...
outro abraço!até amanhã!

Paula disse...

Os zunzuns da meia laranja e do país inteiro são os comentários acerca da aceitação de Fernando Nobre a cabeça de lista pelo PSD em Lisboa nas próximas legislativas, este convite de acordo com os zunzuns, surge depois de Manuela Ferreira Leite ter recusado a mesma proposta. Mário Soares, segundo parece, está boquiaberto!
E como estará o presidente da câmara de Beja?!
Percebo que muitos portugueses estejam indignados, mas temos que perceber que Passos Coelho está apenas a desenvolver uma estratégia política e Fernando Nobre a aproveitar a oportunidade de um comum mortal, com um Ego insuflado depois de cerca de um milhão de portugueses terem votado nele nas últimas presidenciais! Será que Passos pensa captar esse milhão de votos nas próximas Legislativas?
Mas em Portugal e em Política nada é linear, acho que o tiro pode sair pela culatra ao Sr. Passos Coelho!
Saudações.

lampreialopes disse...

Eu sou de uma só cor. Da cor de Portugal. Da cor que todos deveríamos ter num momento da historia mundial como é este que está acontecer.

O PROBLEMA do Sr. Fernando Nobre é um problema português, o pobre coitado teve que fechar a página do Facebook devido às mensagens de indignação. Somos um país de indignados, por natureza, é uma defesa natural de quem não passa fome.

Agora o que interessa saber é quem vai colocar um tecto nas pensões, quem vai aumentar os impostos à banca, quem é que vai impulsionar a produção de tecnologias topo de gama, quem é que vai criar uma disciplina de economia nas escolas primárias, quem vai parar com as derrapagens orçamentais das obras publicas, quem vai dizer às grandes empresas portuguesas que têm que conquistar os mercados internacionais, quem vai castigar aqueles que agem fora da lei e aqueles que abusam do estado social, quem vai acabar com a divida às empresas farmacêuticas, quem vai reformular o ensino, quem vai INOVAR?

Se um BURRO como eu consegue colocar estes pontos em cima da mesa certamente que um Engenheiro, um Doutor, um Jornalista, um Economista ou um experiente Operário também consegue.

A não ser que o BURRO não seja eu… porque afinal de contas, um BURRO tem a esperteza de ir atrás da cenoura que lhe metem à frente, não têm é a inteligência de perceber que se tourear bem como o Cavalo é o cavaleiro que depende dele.

FORÇA PORTUGAL!

Miguel Costa disse...

Ideologias à parte. Com sinceridade digam-me, por favor. Se algum de vocês quisesse ter algum peso em qualquer tomada de decisão quanto a politicas futuras onde se colocariam? Se algum de vocês tivesse a esperança de poder contribuir activamente para alterar a situação onde se colocaria? Dentro ou fora do "sistema"?
Para mim é claro que só dentro do "sistema" se pode ter uma voz realmente activa. Algum peso, por diminuto que seja, na alteração das coisas e das causas.
O Dr. (ou Sr. - como lhe quiserem chamar, sendo que o titulo prévio ao nome próprio apenas decorre da maior ou menor desilusão que cada um possa sentir na situação actual) Fernando Nobre apenas viu nesta situação uma hipótese de poder contribuir com algo para a causa da cor do astroluso. Não se filiou, por certo não alterou o intimo do seu pensamento, por certo continua a ter as mesmas ideias que tinha antes. Mas trouxe uma coisa de novo. Tornou ou vai tornar uma Assembleia da Republica mais ecléctica. Está no sitio onde deve estar (dentro do partido que, por certo, vai ganhar as próximas eleições) para poder, eventualmente, e por vezes, ser a voz mais temperada e menos seguidista das vozes que fazem (por obrigação ou forma de estar) coro. Faço aqui uma ressalva. Não fui apoiante nem votante do Dr. Fernando Nobre à Presidência da Republica. Não fui, não sou nem serei, seu advogado de defesa. Mas entre a desilusão dos seus apoiantes que o criticaram por esperarem que ele mantivesse uma coerência quase cega ao que propalou e a facilidade do imediatismo dessas criticas, eu opto por ver um pouco mais além, acreditando na honestidade de carácter, e pondo-me na pele do cabeça de lista por Lisboa. Agora, e só se calhar agora, é que se vai ver quem realmente era seu apoiante ou quem se apoiava nele. Não acredito que a essência da pessoa tenha mudado mas acredito que não tendo mudado a essência o Dr. Fernando Nobre tenha arranjado uma forma de fazer valer os seus pontos de vista no sitio onde os pode fazer valer.

Cumprimentos a todos.

martegl disse...

ESTAMOS NUMA GRANDE EMBRULHADA

É por demais evidente que as eleições vieram na pior altura, quando o Estado Português (P.R., Governo, A.R., Oposição), deveriam estar a negociar uma plataforma nacional de entendimento com a “troika” (FMI, BCE, CE) que nos leve a bom porto para que Portugal consiga financiamento para satisfazer os seus compromissos, funcionar nos próximos anos e simultaneamente com o acordo sinalagmático consigamos entrar definitivamente numa TRANJECTÓRIA DE NÃO GASTAR MAIS DO QUE PRODUZIMOS, acabando com os sobressaltos cíclicos da divida publica.

Logo vivemos um momento que se necessitava de um ambiente de tranquilidade, concórdia nacional, lucidez em suma “paz”, para que se pudesse olhar sim para o interesse Colectivo e Nacional e não para os diversos interesses particulares e entre eles o mais inoportuno do momento os INTERESSES MERAMENTE PARTIDÁRIOS.

Mas é mesmo em cima deste momento que estão marcadas as eleições antecipadas de 5 de Junho, fruto como todos sabemos do chumbo do PEC IV e da consequente demissão do primeiro-ministro Sócrates.

E o espectáculo que vimos todos os dias é acusações recíprocas entre os principais protagonistas (PS e PSD) com um ping pong confrangedor de qual consegue acusar o outro das piores atitudes possíveis tornando o ambiente numa espiral de intolerância e com um nível de crispação raro na politica portuguesa quando sim deveriam preocupar-se em apresentar as suas PROPOSTAS DE ESPERANÇA PARA PORTUGAL.

Agora é o episódio das listas de deputados além da recusa de figuras gradas ao PSD de integrarem as listas (Manuela F. Leite, Mendes, Capucho, Menezes) culminou com o caso Fernando Nobre que sendo no inicio um óptimo sinal de abertura por parte de Passos Coelho está a tornar-se num horror para o PSD quando Nobre declara que se não for eleito Presidente da AR renúncia ao mandato, posição infelicíssima e de quem parece não estar mesmo dentro do casting politico nacional não sabendo como funcionam os mecanismos constitucionais e com esta atitude produz enormes estragos para o PSD.

Por tudo isto e mais alguns tristes acontecimentos que nem menciono, Portugal está com “azar” e necessitando de “ir á bruxa”, correndo o risco de a 6 de Junho “O MENINO ESTAR NOS BRAÇO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA”, que terá de ter o “ENGENHO E ARTE” de encontrar um Compromisso Nacional entre as várias forças e correntes politicas e que de momento tem a sua expressão no movimento que o Expresso tem dado conhecimento com a adesão de personalidades de todos os quadrantes e áreas de intervenção que revelam lucidez de proporem este Entendimento Nacional por Portugal por forma a colocar um travão na loucura dos últimos tempos e olhar para o seu Interesse Histórico, Colectivo, Intemporal, e enquanto Nação, Preservá-la e Robustecê-la.

Aguardemos pelos próximos capítulos desta triste novela LUISITANA…

Paula disse...

Pois é! Por vezes, aquilo que parece ser a melhor opção torna-se um presente envenenado!
Todos estamos a sentir que o caminho que está a ser percorrido na política portuguesa leva-nos para soluções perversas, que mais uma vez vai de encontro aos desejos de minorias com interesses obscuros.

A novela que temos estado a assistir com a escolha de Fernando Nobre para cabeça de lista do PSD por Lisboa é um vivo exemplo. Sobre esse assunto apraz-me comentar:
Há cidadãos que se julgam os eleitos de castas superiores e que todos os outros lhe têm que prestar vassalagem.
No nosso país, muitos dos licenciados em Medicina, têm por vezes atitude corporativistas de uma arrogância inexplicável, julgando-se acima de todos!
Por isso, a posição arrogante desta pessoa, não me surpreendeu seguramente! Apesar de todo o mérito que possa ter tido ao longo de uma vida profissional, não lhe dá o direito de fazer exigências a um grupo parlamentar de um partido, que ainda por cima, contraria, no sentido literal do termo, a natureza da Democracia!

Para onde irá este país à beira mar plantado?

Estamos mesmo numa grande embrulhada!

saudações

Paula

lampreialopes disse...

Simplesmente não há pachorra para aturar o debate politico em Portugal…
Farto-me de ouvir os intervenientes e não vejo uma única ideia com pés e cabeça para andar.

Quanto ao Fernando Nobre defendeu-se bem hoje na entrevista à RTP mas aposto que muito pouca gente em Portugal o ouviu com atenção ou deixou de ter ódio de estimação pelo homem. Afinal o homem não se vai candidatar por Lisboa? Os Lisboetas que decidam.

A sensação que me dá é que o FMI tem que vir cá outra vez este ano ou para o próximo, porque ainda há pouca fome em Portugal. Eu só não peço o Scolari e as suas bandeiras portuguesas porque ainda vai mais dinheiro para a China e pendurar bandeiras não é produzir, mas um Obama a meio gás já fazia algum jeito, só que o único mais ou menos parecido na cor é o António Costa e esse é um bocado gordo, tem ar de comer bem de mais para ser um salvador da pátria.

Estou desejando que venha o Natal.

martegl disse...

E FINALMENTE O ACORDO COM A “TROIKA” ESTÁ ARREMATADO.

Agora que se conhecem os contornos do acordo e que se sabe que o mesmo teve a aceitação dos partidos do arco do governo (PS;PSD e PP), vamos entrar num período de pré campanha e campanha eleitoral, pouco propicio a uma linguagem CLARA e de RIGOR, mas mais a encenação, representação e marketing politico/eleitoral.

Parece que não vamos ser tão penalizados como a Grécia e a Irlanda, o fundamentalismo financeiro do BCE e da Alemanha AFUNDOU a Grécia e parece felizmente e caricatamente que foi o FMI que “SALVOU” Portugal e queria ainda dar mais margem de manobra a PORTUGAL até 2015, estranho mundo este, estranha solidariedade e espírito europeu dos grandes desta Europa que se queria UNIDA e muitos como eu a queriam FEDERAL…

O resultado de 5 de Junho ou dá um governo de maioria PSD/PP ou um governo de iniciativa presidencial com os 3 partidos (PS;PSD e PP) ou mais remotamente um governo PS/PP se o PS voltasse a ganhar as eleições, cenário que não se prevê, MAS vamos aguardar pelas próximas sondagens para sabermos se a incógnita/imprevisibilidade se mantém ou reforça.

Passado o acto eleitoral de 5 de Junho o governo que daí resultar tem de cumprir o acordo agora assumido.
E será a partir desse momento que se terá uma noção real das medidas tomadas, contudo parece que se pretende entrar nas gorduras do Estado e mais uma vez quem vai sair penalizado também vai ser a já DEBILITADA CLASSE MÉDIA (qualquer dia inexistente em Portugal), não se vai penalizar os mais carenciados, só não se sabe se se exige de quem mais pode (os mais poderosos, o sector financeiro e as multinacionais…) a sua efectiva comparticipação na crise… A ver vamos….Mas duvido…

Paula disse...

Será útil a crise já? é o mote de arranque desta bolsa de comentários que foi iniciada no dia 20 de Março por orangemarte,acho que estamos em condições a dar uma resposta mais enquadrada e objectiva.
Em minha opinião, foi na altura certa. Mais cedo, a troika teria sido implacável como foi com a Grécia, mais tarde podíamos não ir a horas da ajuda externa, tendo em conta os movimentos contrários que os países mais desenvolvidos e desafogados estão a levar a cabo.
Contudo, esperam-nos tempos complicados talvez como nunca vivemos e de apertar o cinto a um nível de caquexia.
Vamos perder a soberania e mergulhar num mar de vergonha só comparável á invasão dos Filipes.
Mas ao mesmo tempo temos que acreditar que a seguir á tempestade vem a bonança e a partir de 5 de Junho novas oportunidades poderão surgir.

saudações

Paula

lampreialopes disse...

Confesso que tenho estado um pouco alheado deste assunto da troika mas poucos ecos me têm chegado aos ouvidos sobre o plano de austeridade.
Talvez se estejam a guardar para o período pós-eleitoral, talvez não sejam assim tão austeros, talvez a troika não fosse inteligente o quanto baste para não se deixar enganar por devedores profissionais e crónicos…

Não sei portanto qual será o real impacto das medidas nem quando se vai sentir esse impacto.
Sei que vai haver reclamações, pois desde o poder local até aos pensionistas com as pensões mais altas todos foram alvo de medidas correctivas (ou austeras?).
Mas estou espectante em saber como vai reagir a economia portuguesa com a subida dos preços generalizada, com o aumento do desemprego, com o aumento do IMI, com a dificultação do acesso ao crédito à habitação, etc, etc…

Agora já estamos em Maio e depois das eleições é a época balnear, espera-se um Verão à maneira, com água quentinha e bronzeados porreiros, festas no areal e concertos da época.

Em Setembro quando a depressão sazonal começar a bater à porta penso que teremos mais noticias.