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sexta-feira, 11 de março de 2011

REVOLUÇÕES DO SÉC. XXI



2 ª PARTE - “WIKILEAKS” VERSUS “BIG BROTHER IS WATCHING YOU”


Wikileaks é um dos temas do momento, os seus efeitos poderão vir a ser tão ou mais devastadores que qualquer revolução clássica que tenha ocorrido na história da humanidade.

Três questões importantes entre muitas outras se colocam na minha óptica com o “Wikileaks”, a saber:

– De facto é importante saber “muitas verdades ocultas” que se passam no mundo da diplomacia e da política internacional, bem como a hipocrisia e as enormes contradições que conformam as posições de governos e governantes no palco das relações politicas internacionais e domésticas por forma a corrigir esta “Hipocrisia dos Responsáveis Políticos”…

– Mas há seguramente limites a esta divulgação de informação desenfreada e sem critério.
Nem tudo deve ser escrutinado e publicado, então pergunta-se –  Qual o Limite?”.
Na minha óptica, tem a ver quando se coloque em causa o valor supremo que é “A Vida Humana”.
Quando se coloque este valor superior em perigo, consequentemente pondo em causa a paz e a estabilidade biopsicosocial duma sociedade, não me parece licito nem legitimo esta divulgação “sem critério”.

–Finalmente enquanto defensor intransigente da privacidade individual e consequentemente do direito que todos temos á nossa esfera restrita e inviolável que são a privacidade e intimidade, também me parece que o fenómeno “Wikileaks”, levado ao seu extremo colocarnos-ia numa situação perigosa e insustentável equivalente aos efeitos do tão propalado quanto tenebroso “BIG BROTHER IS WATCHING YOU” do século passado no que dizia respeito á prática e ao desejo de certos totalitarismos de má memória.

Concluo este 2º tema, afirmando que:

No dia em que tudo fosse “Escrutinado” e em que todos pudéssemos ser “Observados”, transgredindo o que de mais sagrado temos e que são a nossa individualidade e privacidade, então a humanidade teria atingido um “PATAMAR TÃO DOENTIO”, que faria perigar a sua própria existência podendo ter mesmo um efeito mortal para a sua sobrevivência.

Desejo e vou lutar para que não cheguemos a esse ponto…

16 comentários:

Dinis Cortes disse...

Ora pois bem...
Este tema é mais complexo do que o anterior dado que a evolução histórica (vulgo: processo histórico) não deixará de se fazer sentir nas terras do Sahara e periféricas...
Quanto á "privacidade" esta é de facto uma das condições para a verdadeira Democracia...tem "Value for Money" e por isso se vendem tão bem as revistas que existem nas bancas ás centenas a devassar diáriamente a privacidade de Artistas , Políticos , Figuras Públicas , etc etc...a mesma Sociedade assente em principios de ouro como a privacidade , a moral e a ética , a liberdade e a igualdade tem no seu seio afinal a intriga , os sacos de gatos , os Secretariados e o Aparelho , os Boys , a sede de poder , a manobra baixa , a mentira e a corrupção...

Mas o meu Partido quando chegar ao Poder vai mudar tudo...diz sempre o eterno rival que voltará a ser poder e assim sucessivamente ad aeternum prolongando o sopro vital deste eterno tango democrático a dois...nós e os outros...hoje bons ..amanhã maus...mas sempre dois...( ás vezes lá aparece o contrapeso de direita pendurado nos laranjas...mas a coisa passa-se há anos...a dois...)Como se de um imenso mar Maniqueísta se tivesse imposto á sociedade em que a Democracia é a alternância entre eles e nós...eles...e nós...eles...e nós...trinta anos depois, a Democracia outra vez...eles...e depois nós...

O determinismo económico, ou melhor, financeiro instalado no mundo ocidental é o verdadeiro manipulador das marionetas que são a generalidade dos Políticos...As sociedades financeiras derrubam Governos e estrangulam Países com a facilidade que se vê...perante o escândalo da divulgação de "X-files" onde o Embaixador X diz que o Presidente Y é um incompetente ou a Madame J uma refinadíssima rameira ainda alguém se espanta?
Ainda alguém de mínimo conhecimento do mundo se deslumbra?
Então não sabem que a coisa funciona assim?
Eu não me preocupo muito...vou apenas estando atento , o suficiente para perceber que o Wikileaks está já a desaparecer como notícia...eu ainda sou do tempo em que o Pivot dizia " as imagens que vão ver podem ferir susceptibilidades ou chocar os senhores telespectadores e não deverão ser vistas por crianças" eram as da Guerra do Vietname ou de alguma carnificina algures na Itália em que a simples visualização de mortos no écran era quase um sacrilégio...mas depois de um actual Primeiro Ministro de um País Europeu fazer e participar em orgias de prostitutas , de um outro estar feito com a Máfia , de outros presidentes de outros continentes roubarem descaradamente Património comum para seu proprio benefício e serem tratados como "Noble Gentlemen" pela Hipócrita Europa Conservadora e Neoliberal...já só me apetece interessar-me pelo evoluir do tempo no que concerne ao florescimento das Orquídeas de Abril ou do regresso de Africa dos Melros-das-rochas que nidificam na Serra da Estrela...quanto a estes aguardo-os com alguma expectativa...pode ser que tragam novidades desses recantos do Atlas que tenham alguma aplicabilidade aqui nesta pequena Praia Lusitana...
abraço!

lampreialopes disse...

Quem não deve não teme.

É um ditado popular que pouco me diz pois todos temos algum temor, seja ele qual fôr, e muito poucos são os que não devem algo a quem quer que seja.

Mas acho que o caso Wikileaks foi deturpado pelos media conservadores que trocaram os papeis aos protagonistas.

Não é o Wikileaks que é uma ameaça, pelo menos a nós, comuns dos mortais (a nossa privacidade e individualidade há muito que deixou de existir como pensamos que ela existe).

(Privacidade? Sigilo bancário diz-vos alguma coisa?)
(Individualidade? O quê? Aquele casaquinho da Pull&Bear?)

Os criadores do Wikileaks não "entraram" ilegalmente em lado nenhum para conseguirem acesso aos documentos que expõe.

Esses documentos foram "desviados" por pessoas por cujas mãos passavam, que acharam que os referidos documentos mereciam ser do dominio publico.

Dessas pessoas, as que foram "apanhadas" foram punidas.

Já houve tempos em que pessoas como estas eram vistas de outra forma, eram aqueles que revelavam verdades escondidas, autenticos herois da etica e da moral.

Agora são punidos e isso não é noticia, o que é noticia é a manobra de markting que é feita:

Cria-se o fantasma da violação de privacidade e atira-se com ele para cima dos que constroiem a sua opinião junto dos opinion makers (termo que já não oiço há muito tempo).

Nos EUA foram mais longe os comentadores de serviço da FOX News e pediram a cabeça (literalmente) de Julian Assange, terrorista.

Preocupa-me que devido a esta distorcida percepção da realidade a internet deixe de ser um meio de comunicação livre.

Porque não é a internet ou a nossa privacidade que está em causa.

O grafico trazido pelo Miguel Costa num comentário ao post anterior (http://www.yuxiyou.net/open/) mostra que já existe censura na internet a nivel global.

"Censura".

Lembram-se onde, quando e por quem ela era usada?

martegl disse...

Vou tão só fazer dois breves comentários ás duas excelentes intervenções anteriores.

Quanto á do Dinis Cortes, a mesma é de uma profundidade tal que não pode ser comentada pela “rama”, merecendo ela mesmo que fosse debatida num “Fórum” para o efeito.
Contudo informo que iremos mais adiante abordar um tema contido na sua intervenção e que é a inevitável “REFORMA DO REGIME DEMOCRÀTICO”, enquanto ele se deixar reformar…

Quanto á intervenção do astro luso, também tem um grau de excelência que nos leva a entrar nos meandro do “USO E ABUSO DO PODER” em que aqueles que embaraçam e perturbam o “PODER” quando se tornam vulneráveis e frágeis, não encontram “contemplação” por parte dos ditos “PODERES”, por isso os necessários mecanismos de controlo e prevenção da sociedade civil e dos cidadãos…

Miguel Costa disse...

Boa tarde! Tendo eu chegado "atrasado" aos comentários restam-me poucas coisas a dizer. Mas ainda assim podem-se levantar alguns assuntos.
Como sabemos todos e qualquer documentos são desclassificados ao fim de algum tempo. Essa desclassificação implica que possam ser consultados por qualquer um de nós. Tendo isto como verdadeiro o problema que levanto aqui é o imediatismo com que se quer obter "informação" (que às vezes, para não dizer a maior parte das vezes, não o é). Parece-me que é mais o "destapar a careca", o quanto antes, àqueles que por estatuto atribuído julgamos ser dignos dessa condição e "imaculadamente" perfeitos. Mas...são tão humanos quanto nós. Com preferências, desagrados, intrigas, verdades e mentiras. E reparem que dificilmente os elogios se tornam notícia! Sim, esses não causam sensação exactamente porque apenas mostram aquilo que se espera dessas pessoas. A "notícia" está na crítica, na hipocrisia. Essa faz cair a mascara.
Nesse caso não estaremos a ser tão hipócritas como essas pessoas a quem fizeram cair a máscara pelo simples facto de estarmos a valorizar esses aspectos? (Estou a lembrar-me, neste caso, dos telegramas enviados pelo embaixador dos EUA sobre a FLAD)

Outro aspecto é aquele em que se revelam informações confidenciais e verdadeiramente comprometedoras. Os documentos sobre o transporte de prisioneiros para Guantanamo, por exemplo. Toda a gente sabia, ou queria saber, ou acreditava, ou queria acreditar que isso acontecia. O que o Wikileaks veio colocar a nu foi aquela velha máxima: "Não interessa o que se sabe, interessa o que se pode provar.". E dessa altura em diante pode-se provar aquilo que se sabia. Esse sim, um assunto de verdadeiro interesse público até porque terão sido atropelados alguns dos Direitos do Homem.

Tendo estes dois exemplos expostos deixo a pergunta em tom de provocação. Será que uma entidade que tem como função primordial revelar segredos deve estar sujeita, pelo menos, à auto-censura? A mim parece-me que sim. Como em tudo na vida é uma questão de separar o acessório do essencial.

lampreialopes disse...

Um outro aspecto que tem sido debatido sobre este tema Wikileaks é o papel dos meios de comunicação e do jornalismo de investigação.

Nas ultimas décadas esta vertente tem sido recalcada e sobreposta pelo jornalismo de opinião.
O Wikileaks coloca on-line milhares de documentos considerados mais ou menos secretos, pois a muitos deles já MILHARES de pessoas tinham acesso legalmente.

Quem divulga estes documentos são os jornais (o típico cidadão comum não se dá ao trabalho de ir vasculhar os arquivos do Wikileaks) mas estes não têm sido considerados arguidos neste caso.

No fundo o Wikileaks é apenas um GRANDE repositório de documentos onde um bom jornalista de investigação poderia ir buscar inspiração para derrubar um governo ou um governante. Um El Dorado jornalístico.

É então o jornalista que faz o papel de BIG BROTHER ARE WATCHING YOU dos governos, escolhendo os artigos que acha convenientes ou importantes. Um papel que sempre lhe esteve reservado nas sociedades modernas, que lhe vale ódios de estimação por parte de uns e admiração por parte de outros.

Até agora nenhum governo caiu ou algum dos visados foi destituído, coloco por isso duas questões pertinentes:

Serão estes documentos, agora revelados, tão importantes assim?

Estarão os jornalistas expondo as situações que realmente merecem destaque?

É então importante analisar esta cadeia de intervenientes:

Governantes -> Fugas de Informação -> Wikileaks -> Jornalista -> Cidadão

Podemos ver então que o Wikileaks mais não é do que um veiculo, bem no meio da cadeia, que poderíamos remover sem quebrar o fluxo de informação.

Deixo então outro esquema:

BIG BROTHER IS WATCHING YOU -> Wikileaks <- CITIZENS ARE WATCHING YOU

Será que está correcto?

Unknown disse...

Depois de ler comentários tão pertinentes e interessantes já pouco me resta dizer. Contudo,gostaria de deixar a minha pegada neste tema tão explosivo.
A novidade que o Wikileaks trás, site que publica documentos mantidos em segredo , colide contra os pilares de sustentação de certas relações de poder, nomeadamente as jornalisticas.Durante décadas o jornalismo convencional apoiou-se na primazia da informação. O surgimento de um site, de uma organização sem fins lucrativos e transnacional que recebe provas e revela comportamentos anti-éticos dos governos e governantes, põe a nu essas relações de poder.
Será que o Wikileaks está a pôr em perigo o jornalismo tradicional e a própria política?
Julgo que não, mas o Wikileaks dá lições que podem ser usadas por jornalistas, políticos e cidadãos comuns.
E, não podemos esquecer ainda, que o Wikileaks
deu uma das contribuições mais importantes para a liberdade de expressão e transparência do séc. XXI, ao divulgar informações sobre corrupção,violações dos direitos humanos e crimes de guerra. Talvez por isso, o site tivesse sido indicado para o prémio Nobel da Paz.
Mas por enquanto, o Wikileaks é visto por alguns como um jornalismo de investigação em alta tecnologia,e é visto por outros como subversivo e que coloca em risco a Segurança Global. Bem só o tempo o dirá!
Saudações
Paula

Miguel Costa disse...

Para sintetizar o assunto.

Que bons são os locais reconditos do meu pensamento/ser que até de mim consigo esconder!

Impossível escrutinar tudo, meu caro Marciano, por muito que se tente, por muita tecnologia que se tenha à disposição.

martegl disse...

Meu caro Miguel, este teu comentário que se traduz afinal numa manifestação “poética”, só revela que de facto ainda temos uma última fronteira inviolável?!: “O PENSAMENTO E A MENTE”.
Esperemos que a mesma se mantenha por muitos e bons anos, ou diria até mesmo séculos, apesar do avanço da ciência e da tecnologia…

Dinis Cortes disse...

Ehhh martegl...temos...por enquanto...por enquanto...é só uma questão de tempo...

lampreialopes disse...

Estou a ver pelos comentários ao tema que existem 2 linhas de pensamento:
Uma mais favorável ao papel do Wikileaks e uma outra mais prudente quanto à difusão de certo tipo de informações.

Pergunto eu:

Virá então o dia em que o Wikileaks divulgará um documento onde consta que o escrutínio da mente e do pensamento já está ao alcance de alguns?

E nesse dia o que faremos? Deixaremos de cantarolar na nossa cabeça as musicas do Zeca Afonso?

Enfim…

Temos que ver a coisa pela positiva:

Saberíamos então a posição de qualquer politico sobre qualquer que fosse a situação.

E aí o subterfúgio da palavra dita e não pensada deixaria de ser utensílio comum…

Carlos Anastácio disse...

O Wikileaks insere-se num conjunto de acontecimentos destinados a expor e a permitir a transformação da natureza dos relacionamentos humanos. Em crescendo estamos perante os efeitos duma vaga de ocorrências destruturadoras dos valores tradicionais nas quais se tem baseado a nossa pseudo-segurança.

Na essência forçar uma mudança de consciência colectiva deixando claro que o caracter negativo predominante dos sentimentos que alimentamos em cada momento não pode deixar de projectar uma realidade assustadora e insatisfatória como é aquela contra a qual já a humanidade se começa a levantar.

Muitas pessoas confrontam-se agora com a sensação de insegurança, angústia, ansiedade e outras emoções desconfortáveis. A sua reacção normal é a de culparem o que se passa no exterior pelo que sentem.

No entanto, dificilmente se poderá mudar o que vemos num ecrã dum cinema se não mudarmos o filme que está no projector. Por outras palavras o mundo exterior reflecte o estado interior do observador. Independentemente das nossas acções concretas no mundo em que vivemos a maioria das pessoas ainda não compreende que o mundo é um efeito e não uma causa. Por isso Wikileaks, tsunamis, tremores de terra,incêndios dantescos, convulsões económicas, pandemias, etc, serão realidades cada vez frequentes e que levarão à queda da velha estrutura mental e ao aparecimento duma nova consciência colectiva. Um upgrade colectivo baseado numa maior compaixão e compreensão da nossa capacidade mental de criar o mundo que vemos. Só nos resta apaziguar o nosso medo e participar na mudança inevitável do nosso mundo.

Dinis Cortes disse...

em ultima análise gostaria de fazer um breve comentário...a questão individual tambem tem a ver com "transparência"...como é que se concilia a tal privacidade com a "transparência"...o que se passa de facto é que a fiabilidade das pessoas e instituições também passa pelo conceito de "transparência"...assim , quando se pugna em demasiado pela "privacidade" parece aos olhos dos semelhantes estar a querer esconder algo das suas vidas...é uma reflexão apenas...

Miguel Costa disse...

Em relação à (inevitável) censura:

http://sol.sapo.pt/inicio/Tecnologia/Interior.aspx?content_id=14039

paula zarcos disse...

Permitam que vos diga caros comentadores que a discussão está deveras acesa e interessante.
Ela transporta-nos para um futuro que está a ser construído a uma velocidade vertiginosa e por isso previsilvemente imprivisivel: de que forma a tecnologia mudará ainda mais o nosso quotidiano? de que forma vai ser desenvolvida a participação pública na vida social? O que irá acontecer aos sistemas politicos actuais? Será que estas mudanças nos vão levar a uma Anarquia, aquela tão dissecada e discutida no séc. XIX?
Claro que isto é um exercício para nos desafiar a fazer uma reflexão e projeção.
Mas, o que previmos nunca é inteiramente separável do que desejamos e o que desejamos pode não ser o que previmos.
saudações
Paula

martegl disse...

Pelos comentários que o orangemarte tem estado a divulgar pelos seus seguidores poderei entre muitas outras coisas afirmar desde já duas:

Em 1º lugar o papel dos média e dos jornalistas vai ser muito importante no futuro, no que respeita a termos uma “opinião” bem informada e formada.
Nunca o jornalismo teve tantas responsabilidades em cima dos ombros, não se deixando capturar pelo poder politico, económico ou outro qualquer.
Os Media têm essa enorme responsabilidade no que respeita a uma sã e correcta informação da sociedade e da humanidade informando e formando sempre com “RIGOR, OBJECTIVIDADE E ISENÇÂO”

Em 2º lugar e ao ler muitos dos comentários fiquei esperançado por constatar que existe cada vez mais a consciência e o conhecimento por parte principalmente das pessoas bem informadas sobre os perigos das tentativas de manipulação das verdades e dos factos que são inconvenientes aos diversos “PODERES”.
Nunca se conseguirá controlar e prevenir tudo, seria utópico, mas só haver a consciência do perigo duma incorrecta e malévola utilização da informação e denunciá-la quando for caso disso JÁ NOS DÁ ALGUMA ESPERANÇA E DEIXA A TODOS DE SOBREAVISO…

Unknown disse...

A rede é o mundo maravilhoso da pirataria, da anarquia, do roubo, da insegurança, do “crackar” e do “hacker”. A rede é o mundo maravilhoso da impessoalidade e da cobardia, dos que se ajeitam a serem usados e abusados na devassa da sua intimidade quando publicam dados pessoais. A rede é o mundo maravilhoso do “voyeorismo” envergonhadamente assumido. A rede é, sumariamente, a essência da liberdade anárquica. ☺
Se querem segurança, não se liguem à rede, não mandem as máquinas para reparar, não recebem ou enviem mail, não façam compras na rede. Usem suporte em papel, destruam-no quando não necessitarem mais dele. A rede é o mundo maravilhoso das “leaks”, da ausência de moral e ética.
A comunicação social é o macho “alfa” que alimenta, orienta e manipula uma alcateia universal de lobos esfaimados por escândalos, mortes e catástrofes. Os “shares” em televisão e o número de exemplares vendidos em suporte de papel vivem dos escândalos, do depor e promover governos, da criança raptada e violada por um qualquer indigno com direito à vida.
Todos lá vão ao “beija mão” do escândalo, da desgraça e do Voyorismo noticioso. Todos querem saber o que pensava Bush de Kadafi, como foi a operação mais secreta da CIA, ou como a senhora se punha de joelhos na sala oval da Casa Branca.
Deixemo-nos de grandes pensamentos filosóficos acerca do papel do jornalista, da informação da moral ou da ética em relação à existência de leaks que por acaso se chama Wiki.